Quando o sol se pôs no último dia de aula antes das férias de inverno, o estudante do oitavo ano Aiden encontrou-se em uma partida acalorada de Mafia com seus colegas de classe. Mas quando um de seus amigos se aborreceu e desistiu, o amigo de Aiden não pôde deixar de fazer um comentário perspicaz: "Você é um verdadeiro screenager, seu tempo de atenção é tão curto." O golpe dói, mas também despertou uma conversa que perduraria muito depois do fim do ano letivo. O amigo de Aiden não estava apenas brincando - ele estava destacando uma preocupação crescente entre adolescentes e adultos: o impacto das mídias sociais na vida dos jovens.
Nos últimos cinco anos, a conversa nacional sobre jovens e mídias sociais mudou drasticamente. Foram-se os dias em que se preocupava com o bullying cibernético e a perseguição online; hoje, o maior medo é que as mídias sociais estejam reprogramando os jovens cérebros para ansiar por estímulo constante e gratificação instantânea. Como o amigo de Aiden colocou de forma tão apropriada, as pessoas estão "menos propensas a se divertir e desfrutar da companhia de outras pessoas, e preferem estar ao redor da tecnologia."
Então, o que está por trás desse fenômeno? E, mais importante, como os pais e educadores podem ajudar as crianças a se libertar do domínio de suas telas? Para descobrir, conversei com vários Jovens Repórteres da Scholastic, incluindo Aiden, que compartilharam suas próprias experiências e insights sobre o impacto das mídias sociais em suas vidas.
Para Aiden, o problema começa com a forma como as plataformas de mídia social são projetadas. "Elas são feitas para ser viciantes", explicou. "Elas usam algoritmos para manter você engajado, e tornam difícil desligar." O amigo de Aiden, que pediu para permanecer anônimo, ecoou esse sentimento: "Sinto como se estou constantemente competindo por curtidas e seguidores, e é exaustivo."
Mas as mídias sociais não são apenas um problema para as crianças individuais - também estão tendo um impacto profundo na sociedade como um todo. De acordo com um estudo recente do Pew Research Center, 54% dos adolescentes dizem que passam muito tempo em suas telas, e 60% dizem que sentem pressão para apresentar uma imagem perfeita online. Isso pode levar a uma cultura de comparação e competição, onde as crianças se sentem como se estivessem constantemente aquém.
Então, o que os pais e educadores podem fazer para ajudar as crianças a se libertar do domínio de suas telas? Uma abordagem é estabelecer limites e regras claras em torno do tempo de tela. "Temos uma regra familiar de que não usamos nossos telefones na mesa de jantar", disse a mãe de Aiden. "Não é sempre fácil, mas ajudou a ter conversas mais significativas e passar tempo de qualidade juntos."
Outra abordagem é encorajar as crianças a se engajar em atividades offline que promovam conexão social e criatividade. "Começamos um clube de leitura na escola, e foi incrível", disse Aiden. "Nós discutimos livros e compartilhamos nossos pensamentos, e realmente me ajudou a me conectar com meus colegas de classe em um nível mais profundo."
Mas talvez a coisa mais importante que os pais e educadores possam fazer é modelar um comportamento saudável por si mesmos. "Como adultos, precisamos ser conscientes de nosso próprio uso de tela e dar um bom exemplo para nossas crianças", disse a Dra. Jean Twenge, uma psicóloga que escreveu extensivamente sobre o impacto das mídias sociais nos jovens. "Precisamos mostrar às crianças que há um mundo além de nossas telas, e que vale a pena explorar."
À medida que as férias de inverno chegam ao fim e as crianças voltam à escola, está claro que a conversa sobre mídias sociais e jovens está longe de terminar. Mas estabelecendo limites claros, encorajando atividades offline e modelando um comportamento saudável, os pais e educadores podem ajudar as crianças a se libertar do domínio de suas telas e descobrir um mundo de possibilidades além de suas telas.
Nas palavras do amigo de Aiden, "É hora de colocar nossos telefones de lado e começar a viver."
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