O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) divulgou sua última remessa de arquivos sobre Jeffrey Epstein na terça-feira, continuando um fluxo de informações divulgadas que começou na sexta-feira, o prazo estabelecido em uma lei que exigia que o departamento divulgasse publicamente todos os seus arquivos de investigação sobre o falecido condenado por crimes sexuais. Os mais de 11.000 documentos foram divulgados, apesar de muitos terem sido editados com nomes e informações ocultados, incluindo nomes de pessoas que o FBI parece citar como possíveis cúmplices no caso Epstein.
O DoJ está enfrentando críticas de legisladores de ambos os lados do espectro político sobre a quantidade de edição em seus arquivos. A nova lei especifica que as edições só podem ser feitas para proteger a identidade das vítimas ou investigações criminais ativas. De acordo com os legisladores, a decisão do DoJ de editar informações é uma clara violação da lei. "As ações do DoJ são uma bofetada na cara do povo americano", disse o senador Ron Wyden, um democrata de Oregon. "O público tem o direito de saber a verdade sobre o caso Epstein, e é inaceitável que o DoJ esteja se escondendo atrás de edições."
O nome do presidente dos EUA, Donald Trump, apareceu mais nesses novos documentos do que em lançamentos anteriores. Muitos eram clippings de mídia que o mencionam, mas um email notável de um promotor federal indicou que Trump voou no jato particular de Epstein em 1997. O email, que não foi editado, sugere que Trump tinha uma relação próxima com Epstein, que era um condenado por crimes sexuais na época. O email também menciona que Trump era um convidado frequente na mansão de Epstein em Palm Beach, Flórida.
Os novos documentos também revelaram um vídeo falso criado por associados de Epstein para desacreditar uma de suas acusadoras. O vídeo, que foi criado em 2006, mostra uma mulher que afirma ser vítima do abuso de Epstein. No entanto, o vídeo foi posteriormente revelado como uma fabricação, e a mulher não era vítima do abuso de Epstein. A criação do vídeo falso levantou questões sobre a extensão da rede de Epstein e as medidas que seus associados estavam dispostos a tomar para protegê-lo.
O caso Epstein também levantou questões sobre o papel de possíveis cúmplices no caso. O DoJ identificou 10 possíveis cúmplices, mas seus nomes foram editados dos documentos. De acordo com o FBI, esses indivíduos podem ter desempenhado um papel no abuso de menores por Epstein, mas sua participação ainda é incerta. O DoJ prometeu divulgar mais informações sobre os possíveis cúmplices nas próximas semanas.
A divulgação dos novos documentos despertou um renovado interesse no caso Epstein, com muitos pedindo uma investigação mais aprofundada sobre os possíveis cúmplices e a extensão da rede de Epstein. O DoJ prometeu continuar divulgando documentos nas próximas semanas, e os legisladores estão pedindo maior transparência no processo. À medida que a investigação continua, uma coisa é clara: o caso Epstein está longe de terminar.
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