A pauta da Suprema Corte encolheu nos últimos anos, mesmo enquanto ouve um número crescente de casos relacionados a queixas culturais republicanas. De acordo com os dados, a Corte está ouvindo mais do que o dobro de casos que tocam em questões como religião, armas, direitos LGBTQ e aborto do que durante a administração Obama. Essa mudança levou a preocupações de que a Corte está se tornando cada vez mais politizada e está priorizando batalhas culturais sobre outras questões importantes.

Como resultado, a Corte está ouvindo mais casos que desafiam os direitos de comunidades marginalizadas, incluindo aqueles relacionados a direitos reprodutivos, igualdade LGBTQ+ e direitos de voto. Por exemplo, em um caso recente, a Corte ouviu argumentos sobre uma lei do Texas que proíbe o aborto após seis semanas de gravidez, uma lei que foi amplamente criticada como uma tentativa de restringir o acesso à saúde reprodutiva. A decisão da Corte neste caso é esperada para ter implicações significativas para o futuro dos direitos ao aborto nos Estados Unidos.

A mudança na pauta da Corte foi atribuída a vários fatores, incluindo os interesses dos próprios juízes em política cultural, o fato de que advogados de tendência direita são mais propensos a apresentar processos para mudar a lei quando têm uma Corte amigável, e o fato de que os juízes fizeram tantas mudanças recentes na lei que beneficiaram causas conservadoras. De acordo com Ian Millhiser, um correspondente sênior da Vox, "A pauta da Corte é um reflexo das prioridades dos juízes, e está claro que eles estão priorizando batalhas culturais sobre outras questões importantes".

O foco da Corte em questões culturais também foi influenciado pelas mudanças demográficas do país. De acordo com um relatório recente, o número de americanos que se identificam como conservadores aumentou nos últimos anos, particularmente entre evangélicos brancos e outros grupos conservadores. Essa mudança levou a um aumento nos processos relacionados a questões como oração em escolas públicas, exibição dos Dez Mandamentos em prédios governamentais e direitos de indivíduos LGBTQ+.

A decisão da Corte de ouvir mais casos relacionados a queixas culturais também foi influenciada pela mudança na composição da Corte em si. Nos últimos anos, a Corte se tornou cada vez mais conservadora, com a nomeação de juízes como Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett. Esses juízes são conhecidos por serem simpáticos a causas conservadoras e foram instrumentais em moldar a pauta da Corte.

As implicações da mudança de foco da Corte são de longo alcance e têm implicações significativas para o futuro da sociedade americana. De acordo com um relatório recente, as decisões da Corte sobre questões culturais têm o potencial de impactar a vida de milhões de americanos, particularmente aqueles que são marginalizados ou vulneráveis. Como um especialista observou, "As decisões da Corte sobre questões culturais têm o poder de moldar a própria essência da nossa sociedade, e é essencial que prestemos atenção às implicações dessas decisões".

O status atual da pauta da Corte é incerto, mas está claro que a Corte continuará a ouvir casos relacionados a queixas culturais nos próximos anos. À medida que as decisões da Corte sobre essas questões continuam a moldar o país, é essencial que os americanos permaneçam engajados e informados sobre as implicações dessas decisões.