O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou um conjunto parcial de documentos de processos contra o falecido condenado por crimes sexuais Jeffrey Epstein, mas os arquivos estavam fortemente editados com fotos e páginas em preto. A medida foi recebida com críticas das vítimas de Epstein, que alegam que é um "tapinha na cara" para seus esforços em busca de justiça.
Os documentos divulgados, que foram publicados online, incluíam pelo menos 16 arquivos que desde então desapareceram da página pública. Os arquivos excluídos incluíam uma fotografia mostrando o presidente Donald Trump, de acordo com relatórios da mídia americana. O Departamento de Justiça começou a divulgar o conjunto de documentos na sexta-feira para cumprir uma lei aprovada esmagadoramente pelo Congresso em novembro.
As vítimas de Epstein expressaram indignação e desapontamento com os arquivos fortemente editados. "É um tapinha na cara para todos nós que temos lutado por justiça por tanto tempo", disse uma vítima, que desejava permanecer anônima. "Fomos prometidos transparência, mas em vez disso, recebemos um monte de páginas e fotos em preto. É inaceitável."
O Departamento de Justiça manteve que as edições foram necessárias para proteger informações sensíveis e cumprir a lei. "Entendemos as preocupações das vítimas e suas famílias, mas tivemos que equilibrar suas necessidades com a necessidade de proteger informações sensíveis", disse um porta-voz do DOJ. "Estamos comprometidos com a transparência, mas também temos a responsabilidade de proteger a segurança nacional e outras informações sensíveis."
A divulgação dos documentos faz parte de um esforço maior para fornecer transparência no caso Epstein. Em novembro, o Congresso aprovou uma lei que exige que o Departamento de Justiça divulgasse um conjunto de documentos relacionados ao caso. A lei foi aprovada em resposta à crescente pressão pública e demandas por responsabilização das vítimas de Epstein e suas famílias.
O caso Epstein tem sido objeto de intensa escrutínio e controvérsia nos últimos anos. Epstein foi condenado por tráfico de pessoas para fins sexuais e outros crimes em 2019, mas morreu na prisão antes de poder cumprir sua sentença. Sua cúmplice, Ghislaine Maxwell, está atualmente cumprindo uma sentença de prisão por seu papel nos crimes.
O status atual dos documentos é incerto, pois pelo menos 16 arquivos desapareceram da página pública. O Departamento de Justiça não comentou sobre o desaparecimento dos arquivos, mas espera-se que forneça uma atualização sobre o status dos documentos nos próximos dias.
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