A empresa por trás do TikTok, ByteDance, anunciou um acordo com a Oracle e a Walmart para abordar as preocupações de segurança nacional sobre o armazenamento e manipulação de dados do aplicativo nos EUA. O acordo, que foi alcançado em novembro de 2022, exige que a ByteDance armazene os dados dos usuários nos EUA e tenha uma diretoria com sede nos EUA.
De acordo com Laura Cress, o acordo deve tornar o TikTok mais seguro para os usuários nos EUA, mas também pode tornar o aplicativo menos relevante a longo prazo. Cress, uma especialista em tecnologia, observa que o acordo provavelmente levará a aumentos de custos e complexidade para a ByteDance, o que pode afetar a experiência do usuário e a competitividade do aplicativo. "O acordo exigirá que a ByteDance invista em nova infraestrutura e pessoal, o que aumentará seus custos e potencialmente afetará sua capacidade de inovar e competir com outras plataformas de mídia social", disse Cress.
O acordo é uma resposta às preocupações levantadas pelo governo dos EUA sobre as ligações do TikTok com o governo chinês e sua manipulação de dados de usuários. Em 2020, o Comitê de Investimento Estrangeiro nos EUA (CFIUS) lançou uma investigação sobre a aquisição da Musical.ly pela ByteDance, um aplicativo de mídia social popular entre adolescentes, citando preocupações de segurança nacional. A investigação levou à criação de uma nova entidade, TikTok Global, que seria de propriedade da ByteDance e teria a maioria de seus membros da diretoria com sede nos EUA.
O acordo também é visto como uma forma para a ByteDance cumprir com as demandas do governo dos EUA e evitar uma possível proibição do aplicativo. Em 2020, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que proibiria o TikTok nos EUA, a menos que a ByteDance vendesse sua participação no aplicativo. O acordo com a Oracle e a Walmart é visto como um compromisso que atende às preocupações do governo dos EUA, permitindo que o TikTok continue operando nos EUA.
Especialistas da indústria dizem que o acordo terá implicações significativas para o cenário de mídia social nos EUA. "O acordo estabelecerá um precedente para outras empresas de mídia social que operam nos EUA e têm ligações com governos estrangeiros", disse Cress. "Também levantará questões sobre o papel do governo dos EUA na regulação da mídia social e o equilíbrio entre segurança nacional e liberdade de expressão".
O acordo está sendo revisado pelo governo dos EUA e não está claro quando será finalizado. A ByteDance disse que continuará a operar o TikTok nos EUA enquanto o acordo estiver sendo revisado. A empresa também afirmou que investirá em nova infraestrutura e pessoal para cumprir com os termos do acordo.
Enquanto isso, os usuários do TikTok nos EUA provavelmente não verão muitas mudanças na funcionalidade e experiência do usuário do aplicativo. No entanto, o acordo pode ter implicações significativas para as perspectivas de longo prazo do aplicativo no mercado dos EUA. Como Cress observou, "O acordo exigirá que a ByteDance invista em nova infraestrutura e pessoal, o que aumentará seus custos e potencialmente afetará sua capacidade de inovar e competir com outras plataformas de mídia social".
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