A operação, que ocorreu nas primeiras horas da manhã, envolveu um helicóptero militar dos EUA sobrevoando o Centuries, com bandeira do Panamá, a leste de Barbados, no Mar do Caribe. O petroleiro, que transportava uma carga de petróleo cru venezuelano, foi interceptado pela guarda costeira dos EUA e colocado sob custódia. A medida é o último desenvolvimento em uma longa disputa entre os EUA e a Venezuela sobre as exportações de petróleo do país.
De acordo com a Secretária Noem, os EUA continuarão a perseguir o movimento ilícito de petróleo sancionado que é usado para financiar o narco-terrorismo na região. "Vamos encontrá-los e vamos pará-los", ela escreveu em sua postagem no X. Os EUA vêm aplicando um bloqueio naval a petroleiros venezuelanos desde a ordem do Presidente Trump em novembro, com o objetivo de evitar que o país exporte seu petróleo para outros países.
A apreensão do Centuries é a segunda operação desse tipo em semanas recentes, após a interceptação do petroleiro com bandeira do Panamá, o Fortaleza, em novembro. A medida foi amplamente condenada por funcionários venezuelanos, que denunciaram as ações dos EUA como "roubo e sequestro". O ministro das Relações Exteriores do país, Carlos Faria, chamou a apreensão de "um ato claro de agressão" e prometeu tomar medidas contra os EUA.
Os EUA vêm aplicando sanções às exportações de petróleo da Venezuela desde 2019, citando o histórico de direitos humanos do país e alegações de corrupção. As sanções tiveram um impacto significativo na economia do país, com muitos petroleiros sendo forçados a desviar suas rotas para evitar águas dos EUA. Os EUA também vêm trabalhando com outros países da região para aplicar o bloqueio e evitar o movimento ilícito de petróleo venezuelano.
A apreensão do Centuries provavelmente terá implicações significativas para o mercado global de petróleo, com muitos analistas prevendo um aumento nos preços do petróleo nas próximas semanas. A medida também despertou preocupações sobre o potencial de mais conflitos na região, com muitos especialistas alertando sobre os riscos de escalada.
A guarda costeira dos EUA colocou o Centuries sob custódia e está atualmente investigando o navio e sua carga. O petroleiro deve ser levado a um porto dos EUA para exame e processamento adicionais. Os EUA ainda não anunciaram planos para liberar o petroleiro ou sua tripulação.
Em um comunicado, o Departamento de Estado dos EUA disse que a apreensão do Centuries foi uma "demonstração clara do compromisso dos EUA em aplicar suas sanções às exportações de petróleo da Venezuela". O departamento também alertou que qualquer país ou entidade que continue a se envolver no movimento ilícito de petróleo venezuelano enfrentará "consequências graves".
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